Estes bebês geniais e suas mentes maravilhosas
Tão pequeno e com a cabecinha a mil
A inteligência do bebê é muito mais ativa nos primeiros meses de vida do que a ciência supunha. É hora de estimular habilidades que, se não forem incentivadas, podem se perder para sempre
Ao olhar o recém-nascido deitadinho e tão dependente de cuidados, é difícil imaginar que seu cérebro está em intensa atividade, vencendo etapas decisivas para a formação das capacidades mentais. Ainda antes do nascimento, o cérebro já está com a arquitetura formada e, até o final do segundo ano, vai atingir 75% do peso e terá estabelecido a maior parte das “estradas” por onde os neurônios irão trafegar durante toda a vida. É uma época de ouro para influenciar positivamente o desenvolvimento mental do bebê.
Para você ter idéia da importância desse período, basta lembrar que o recém-nascido possui cerca de 100 bilhões de neurônios, as células que conduzem informações até o cérebro e agem no armazenamento de dados e na construção de raciocínios e respostas. Quem abastece esse exército com informações são os sentidos: tato, audição, olfato, visão e paladar. Sempre que o bebê detecta um movimento, uma cor, um cheiro, um som ou uma textura, os neurônios comunicam a novidade para o cérebro por meio de impulsos elétricos. É assim que se formam os circuitos neurais, e, quanto mais estímulos a criança recebe nos dois primeiros anos, mais circuitos ela estabelece. Depois dessa idade, a maior parte dessas estruturas já se consolidou e algumas habilidades podem ter se perdido para sempre. Em um estudo com bebês japoneses e americanos, por exemplo, os cientistas constataram que todos nascem com a mesma capacidade de aprender a totalidade dos sons das diferentes línguas, mas a falta de contato com determinados fonemas até o sétimo mês de vida faz com que a criança perca a capacidade de reproduzi-los com perfeição mais tarde. São as chamadas “janelas de oportunidades”. E aproveitá-las é só uma questão de oferecer ao seu filho o estímulo certo no momento adequado.
FONTE: Revista Claudia